SEJA MUITO BEM VINDO!

Bem pessoal,

Dei início à este blog para falar especialmente de literatura. Falar, na verdade, de arte em geral. Coisas que tanto gosto e com as quais tanto me identifico. O blog não é tão movimentado, mas de vez em quando passo por aqui e deixo uma declaração, um texto, um poema... Não se acanhe. Fique à vontade e deixe um comentário. Cedo ou tarde ele será respondido.

Grande abraço a todos.

Colaboradores

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Correria


Pois é pessoal! Estou numa correria que tem me impossibilitado de postar como gostaria. Meu blog nunca foi tão movimentado, mas, de uns tempos pra cá, a faculdade tem me exigido a renúncia de certas coisas. O blog é uma delas. Mas, podem aguardar. Assim que minha internet, em casa, for reestabelecida e terminarem as aulas por este ano, voltarei a postar. Aguardem. Coming soon.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Soneto de Amor


Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence o vencedor,
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade;
Se tão contrário a si é o mesmo amor?

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Dia Nacional do Consumo Consciente


Cachorro Poodle mata três na Argentina


Seria cômico não fosse trágico. Mas, apesar da tragédia, achei a notícia até engraçada. Por isso estou postando aqui.

Parece mentira, mas não é! Para quem só lê a notícia, é difícil acreditar na realidade dos fatos. Mas o título é claro: um cachorro comum, da raça poodle acabou desencandeando a morte de três pessoas na Argentina. O nome, do “responsável” pelas fatídicas mortes é Cachi, que morreu ao cair do 13° andar de um prédio. Mas, espera aí: se ela morreu, como conseguiu matar os três conterrâneos humanos? Muito bem, "meu caro Watson", a solução é simples: o pobre cachorro faleceu assim que chegou ao solo. No entanto, sua queda ainda foi amortecida por uma mulher de 45 anos que estava no meio do caminho e também morreu na hora. Neste mesmo momento, um curioso espionava a cena do cachorro cadente e perdeu a atenção no trânsito, sendo antigido por um ônibus, também teve morte imediata. A terceira vítima da “chacina” veio a falecer depois de sofrer um ataque cardíaco por presenciar toda a cena dos “crimes”.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Os cinco por cento


Gostaria de oferecer este texto aos alunos da minha turma de letras/pedagogia. Triste realidade. Segue o texto:

O velho professor tentou começar sua aula. Não conseguiu. Pediu silêncio educadamente. Não adiantou. Foi aí que ele deu a maior bronca que já presenciei:

"Prestem atenção porque vou falar isso uma só vez!"

Silêncio na sala. Ele continuou:

“Há muitos anos descobri que nós professores trabalhamos apenas cinco por cento dos alunos de uma turma. De cada cem alunos, apenas cinco fazem diferença no futuro; tornam-se profissionais brilhantes e contribuem para melhorar a vida das pessoas. Os outros 95 por cento servem só para fazer volume. São medíocres e apenas passam pela vida. Essa porcentagem vale para todos. De cem garçons, apenas cinco são excelentes; de cem motoristas, só cinco são verdadeiros profissionais; enfim, de cem pessoas, apenas cinco são especiais. É uma pena não poder separar estes cinco por cento do resto. Assim, eu deixaria apenas os alunos especiais nesta sala e colocaria os demais para fora, então teria silêncio para dar uma boa aula. Mas não há como saber. Só o tempo vai mostrar. Claro que cada um de vocês sempre pode escolher a qual grupo pertencerá. Obrigado pela atenção e vamos à aula de hoje.” A partir daí, minha turma teve comportamento exemplar nessa matéria até o fim do ano. Afinal, quem gostaria de ser classificado como “parte do resto”? Aquele professor foi um dos cinco por cento que fizeram a diferença em minha vida. Ensinou que, se não tentarmos ser especiais no que fazemos, se não tentarmos fazer o melhor possível, seguramente sobraremos na turma do resto.

Raul Candeloro

(Texto retirado do site www.criativatec.com.br)

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Comemorar o que?


Vocês acreditam que o blog fez aniversário? No dia 08/08/2009 o blog fez um ano. E não é que eu esqueci? Com isso, resolvi mudar a cara do blog, novamente. Pensando um pouco na vida e em tudo que a envolve, acabei escolhendo o preto. Mas por que o preto? Escolhi o preto porque não há muito que comemorar. Escolhi esta cor em sinal de revolta e descontentamento. Nada está bom neste nosso Brasil nem no mundo. Não é preciso ir muito longe para que possamos ver as mazelas da sociedade. E tudo isso acaba influenciando nossas vidas de alguma forma. Enfim, não vou ficar aqui “dando nome aos bois”. Faça como um “flanêur”: Observe à sua volta. Ande meia hora pela cidade e veja com seus próprios olhos o quão ruim tem se tornado nossa sociedade. Depois me diga se tenho ou não razão por estar descontente com nosso mundo. Mas, ainda assim, parabéns ao blog que, em meio a tantos percalços, permaneceu no ar. E que possa permanecer ainda por muitos longos anos. Grande abraço a todos.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Sejam bem vindos ao Blog do Poeta Emergente


Gostaria de desejar boas vindas aos meus companheiros de turma do curso de letras, e também aos professores, em especial a professora Aline Arruda, que tomou a iniciativa de tomar meus blogs como exemplo a ser dado na aula de hipertexto e gêneros digitais. Gostaria que todos vocês ficassem a vontade para postar comentários sobre os conteúdos presentes nos blogs. Um deles, o Blog do Poeta Emergente, tem um conteúdo voltado para a arte, literatura e cultura em geral. Tanto que vocês podem ver vídeos, fotos, poemas, mensagens de indignação dentre outras tantas. O outro, Cristo em Primeiro Lugar, tem um conteúdo voltado ao público cristão. O que não impede ninguém de acessá-lo independente de sua religião. São mensagens bíblicas, vídeos, clips de cantores, etc. No início comecei postando algumas mensagens diversas, sem saber muito bem o que colocaria nos blogs. Muitas delas nem minhas eram. Mas, graças a Deus, apesar da simplicidade dos blogs, hoje tenho indicações (links) em blogs e sites de alguns estados brasileiros como Paraíba, São Paulo e Rio de Janeiro. São pessoas que viram e gostaram do trabalho que está sendo feito e resolveram indicar para que outras pessoas também pudessem conhecer. Enfim, contei um pouquinho da minha história digital e, aguardo sua visita para compartilhar de suas idéias e opiniões. Que Deus possa abençoar essa grande jornada que empreendemos na vida acadêmica. Grande abraço a todos.

PS: Postei a mesma mensagem nos dois blogs, pois, eles atendem a públicos diferentes.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Indignação.


Gostaria de deixar registradas minha indignação e revolta com o transporte público belorizontino. Fico tentando entender o paradoxo entre a suposta proposta de melhoria do transporte e do transito em BH e as atitudes com relação a isso. Vivem dizendo que querem reduzir o número de automóveis nas ruas, mas, a cada dia que passa o transporte público está pior. Querem um exemplo? A linha 5507 que atende o bairro Jardim Guanabara e adjacentes, administrada pelo Consórcio Pampulha. Sempre tivemos uma linha que passava na área hospitalar da cidade. Mas hoje, o número de ônibus que atende aos hospitais tem sido radicalmente reduzido e, ônibus que vão apenas à Avenida Paraná com retorno pela Rua Tupis estão sendo implantados. O problema é que os ônibus que retornam na Avenida Paraná vêm bastante vazios e passam com maior freqüência que os outros que, quando vêm, já estão lotados. Já ouvi falar, não me lembro onde, que o destino dessa linha é ser extinta. Sendo assim, deveremos fazer uso do metrô para chegar até o centro de Belo Horizonte e outros bairros próximos. Mas o metrô não tem condições de suportar o número de passageiros. A exemplo dos ônibus, ficamos como sardinhas espremidas dentro daqueles vagões abafados com uma ventilação totalmente ineficiente. E o mais engraçado nisso tudo é que pagamos por isso. É ridículo ainda tentar entender outro paradoxo entre atitudes para conter a disseminação do maldito vírus H1N1 e as lindas teorias que temos visto na mídia diariamente. Como pode o governo querer evitar a propagação do vírus se o transporte público não tem condições de transportar o trabalhador com o mínimo de dignidade? Gostaria de chamar a atenção de nossos representantes nas câmaras dos deputados e vereadores. Até onde isso vai? Gostaria de convidar os senhores governador, prefeito, deputados, vereadores e responsáveis pelo transporte público urbano a pegar conosco uma carona nos ônibus e no metrô de BH. Convido-os a deixar por pelo menos uma semana o conforto de seus carros oficiais ou não, com motorista ou não, providos de ar condicionado, para passar momentos de extremo “calor humano” e “união” nos horários de pico em nosso transporte coletivo. Termino meu protesto com as palavras de Karl Marx: "O trabalhador é tanto mais pobre quanto mais riqueza produz, quanto mais cresce sua produção em potência e em volume. O trabalhador converte-se numa mercadoria tanto mais barata quanto mais mercadorias produz. A desvalorização do mundo humano cresce na razão direta da valorização do mundo das coisas. O trabalho não apenas produz mercadorias, produz também a si mesmo e ao operário como mercadoria, e justamente na proporção em que produz mercadorias em geral."

terça-feira, 8 de setembro de 2009

As três sombras (1.902-1.904) - Auguste Rodin


Sábado, dia 05 de setembro de 2009, fui à Casa Fiat de Cultura, junto com o pessoal da faculdade, apreciar algumas obras de Auguste Rodim e Marc Chagall. Foi uma experiência diferente, uma vez que, nunca havia visitado uma exposição de arte. A escultura acima é de Rodin e era a única da qual podiamos tirar fotos. Ao lado, havia uma placa a qual vou transcrever abaixo:

"Em 1.880, rodin recebeu uma encomenda oficial para fazer a porta de um futuro museu de artes decorativas. Provavelmente por sugestão do próprio artista, o tema escolhido foi Divina Comédia, de Dante. Fascinado pelo aspecto tenebroso do poema, Rodin se concentrou no "Inferno", deixando de lado o "Purgatório" e o "Paraíso". Obra de uma vida inteira, La Porte [A Porta] constitui a matriz a partir da qual emerge todo o universo rodiniano: assemblages, reduções, ampliações e repetições de figuras.
Esse trio que encima La Porte de I'enfer [A Porta do inferno] foi realizado a partir da reprodução de uma mesma personagem, uma variação de Adam [Adão], que, juntamente com Éve [Éva], emoldura a La Porte. Originalmente, as três figuras carregavam uma bandeirola com a frase de Dante: "Lasciate ogni speranza voi ch'entrate" ["Deixai toda esperança, vos que entrais"], que Rodin decidiu retirar, juntamente com as mãos. É evidente, aqui, a influ~encia exercida sobre ele pelas obras de Michelangelo, que Rodin teve a oportunidade de apreciar durante sua passagem pela itália, em 1.876."

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Voca People

Mais um grupo muito interessante. Esses aí cantam muito. O nome é Voca People. Vi uma entrevista ontem, mas, como estava em inglês, não entendi muita coisa. Parece que esses caras e meninas aí vieram de outro planeta: o planeta Voca. Como marcianos que são, apenas se comunicam através de sons como os que fazem nesse vídeo. Muitíssimo interessante mesmo. Eles cantam, mas, sem nenhum acompanhamento eletrétrico, eletrônico ou acústico. Apenas as vozes dos integrantes do grupo. Assista e comente. Grande abraço.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Para que serve a arte?

Retirantes, Cândido Portinári, 1944


Bem, procurei isso na internet. Na verdade estava procurando outra coisa e me deparei com esta pergunta. "Para que serve a arte"? Li algumas postagens em alguns blogs falando a respeito e algumas me chamaram a atenção. Li no blog Obvious que arte é movimento, ação. Ninguém pode fazer arte estando parado. Que arte é o verbo "fazer". Em postagens deixadas por seus leitores uma me chamou a atenção. O internauta disse que arte é sim movimento, é fazer; mas, o mais importante é o motivo pelo qual se faz arte. Entretanto, a resposta mais interessante nessa busca casual foi a que encontrei no site da Revista Vórtice e se encontra logo abaixo. Procurei, mas não há identificação. Apenas um suposto nome: “Maret”. Mas achei interessante o que ela escreveu e vou transcrever aqui.

“Claro que a resposta é muito pessoal. Mas intimamente, acredito que a arte é um dos poucos elementos em nossas vidas que serve para mostrar que não somos os imbecis que aparentamos ser no dia-a-dia. Fazer arte, principalmente política ou de crítica social, serve para mostrar que não somos simples bonecos de argila, totalmente moldados pela mídia e pela necessidade de grana para sobreviver. A Arte serve para mostrar que não aceitamos o mundo da forma que ele se apresenta, sabemos que ele é uma construção histórica, e que, portanto, ele não está assim porque 'as coisas são assim mesmo, sempre foi desta forma'. Acreditamos na possibilidade de mudança, portanto, não queremos passar pela vida apenas exercendo nosso trabalho medíocre, nossa 'honrada função na sociedade', que mal dá para o sustento, quando dá. Queremos soltar nosso grito glutual, nosso berro de desespero, verdadeiro horror pelas atividades repetitivas, pelo cotidiano entediante, pelo medo da insegurança, do desamparo e da miséria. Por isso fazemos arte. Para soltar este grito, para provar que não nascemos apenas por nascer, vivemos apenas por viver. Particularmente, eu, Maret, me fio a uma arte mais engajada, ela pode atualmente não agradar o público, mas, francamente, não me magôo com isso, e não vou mudá-la para adequá-la ao gosto do grande público”.

Interessante. Concordo com ela. A arte pode muitas vezes demonstrar nossa revolta contra a mediocridade cotidiana. Contra os disparates sociais e políticos da sociedade. Mas não apenas isso. A arte é dinâmica e mutagênica. Tanto se transforma como causa transformações. Podemos comprovar isso na própria história. Querem alguns exemplos? Comecemos nas antigas Grécia e Roma, passemos pela idade média, posteriormente, pelo renascimento, pelo barroco, até a modernidade. Podemos comprovar o quanto a arte mudou durante todo esse tempo e, de um modo geral, expressou os conflitos dos homens em seus respectivos tempos. Portanto, arte é isso. Movimento, ação, expressão e tantas outras coisas que nos identificam e revelam nossos mais íntimos anseios e indagações.

PS: Se alguém conhece a autora do texto acima deixe seu comentário que, certamente, farei a devida identificação.

terça-feira, 19 de maio de 2009

O Teatro Mágico

Não sei como pude esquecer. Como pode em um site que fala de arte e cultura não ter nem sequer mencionado o nosso grande e saudoso "Teatro Mágico"? Me esqueci completamente. Poxa! Escuto músicas dos caras quase todos os dias. Meu celular toca com músicas do "Teatro Mágico". Minha esposa e eu temos camisas do "Teatro Mágico". Mas, afinal de contas, o que ou quem é "O Teatro Mágico"? Bem, por acaso vocês já tentaram imaginar uma banda que reunisse música, dança, poesia, arte circense e teatro? Pois é! A trupe - como o próprio Fernando Anitelli, responsável pela criação do projeto, se refere ao "Teatro Mágico" - trás em sua essência tudo isso. Para que vocês possam começar a conhecer um pouco de "O Teatro Mágico", estou postando um vídeo com algumas explicações do próprio Fernando Anitelli acerca de uma de suas músicas, aliás, uma das que mais gosto: "Sonho de uma Flauta". Para quem já conhece e gosta, nunca é demais ouvir mais uma vez. Aproveitem o vídeo. Tudo de bom e um grande abraço a todos. Segue o vídeo:

Thousand Hands - China

Bem, como este blog é para, entre outras coisas, divulgação e incentivo à valorização da arte e da cultura, gostaria de divulgar o trabalho desse pessoal. Apesar de estarem do outro lado do mundo, vale a pena divulgarmos o que eles fazem. São praticamente perfeitos. Isso é que é disciplina! Imaginem o que eles tiveram que suar para chegar a esse ponto! Aproveitem esse vídeo. Eu achei simplesmente maravilhoso. Deixe sua opinião. Grande abraço.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Quero, um dia...

Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão... que o AMOR existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena!

Luís Fernando Veríssimo

terça-feira, 7 de abril de 2009

À minha esposa.

Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?

Fernando Pessoa

Fingidor


O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

Fernando Pessoa

terça-feira, 24 de março de 2009

Nova cara.

Estou testando um novo layout para o blog. Não sei se vou manter este. Que tal opinarem? Estarei acatando opiniões dos meus visitantes. Obrigado pela visita. Grande abraço.

sexta-feira, 20 de março de 2009

I have a dream

Essa frase é de Martin Luther King Jr., mas o vídeo não. Esse vídeo nos leva a avivar nossa fé naquilo que sonhamos realizar. Todas as pessoas têm nem que seja um sonho. Mas poucas se dispõem a lutar até a última gota de sangue, até o último suspiro por aquilo que desejam. Abaixo, postei um vídeo que fala muito forte a esse respeito. Por mais críticas que você receba a respeito de algo que sonha fazer. Algo pelo qual você tem lutado e dedicado horas, dias, meses, anos de sua vida para conquistar. Se você tem certeza disso, faça-se surdo para críticas e palavras de desânimo. Porque o derrotado, aquele que não tem o mínimo de coragem nem mesmo para tentar, certamente vai tentar fazê-lo desistir. Tenha firmeza naquilo que deseja. "Seja forte e corajoso".

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Para quem nunca os viu...


... da esquerda para a direita: Carlos Drummond, Vinícius de Moraes, Manuel Bandeira, Mário Quintana e Paulo Mendes Campos.

POÉTICA (I)

De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.

A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.

Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem

Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
— Meu tempo é quando.

(Vinícius de Moraes)

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Nem Tudo é Fácil...

É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada.
É difícil ser fiel, assim como é fácil se aventurar.
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão?
Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar?
Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir?
Mas quem disse que é fácil encontrar alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas?
Mas quem disse que é fácil ouvir você?!
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se?
Mas quem disse que é fácil ser feliz?!
Nem tudo é fácil na vida...
Mas, com certeza, nada é impossível...
Precisamos acreditar, ter fé e lutar para que não apenas sonhemos,
Mas também tornemos todos estes desejos,

REALIDADE!

(Cecília Meirelles)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Maria I de Portugal‏

Para quem gosta de história, encontrei um texto falando de D. Maria, a louca. Quem nunca ouviu falar dela? Acredito que não poucas pessoas já tenham, pelo menos, ouvido falar. Bem, para os já conhecedores, algumas linhas para refrescar a memória. Para os que nunca ouviram falar, segue abaixo um texto que explica um pouco de sua vida. Boa leitura.


Dona Maria I (Lisboa, 17 de Dezembro de 1734 — Rio de Janeiro, 20 de Março de 1816) foi rainha de Portugal de 24 de Março de 1777 a 20 de Março de 1816. Jaz na Basílica da Estrela, em Lisboa, para onde foi transladada. Batizada Infanta Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana, foi Rainha de Portugal entre 1777 e 1816, sucedendo ao seu pai, o rei José I. D.Maria foi ainda Princesa do Brasil, Princesa da Beira e Duquesa de Bragança.
Ficou conhecida pelos cognomes de A Piedosa ou a A Pia, devido à sua extrema devoção religiosa - demonstrada, por exemplo, quando mandou construir a Basílica da Estrela em Lisboa) - e finalmente, como Dona Maria, a Louca, devido à doença mental manifestada com veemência nos últimos 24 anos de vida, depois da morte do seu filho primogênito, que ela havia se recusado a vacinar contra a varíola, por motivos religiosos.

Casamento

A continuidade dinástica da casa de Bragança ficou assegurada com o seu casamento com o tio Pedro de Bragança. O casamento foi realizado no Palácio de Nossa Senhora d'Ajuda, em Lisboa, a 6 de julho de 1760. Ele subiu ao trono como Pedro III, sendo feito 19º Duque de Bragança, 16º Duque de Guimarães e 14º Duque de Barcelos, 18º Marquês de Vila Viçosa, 20º conde de Barcelos, 16º conde de Guimarães, d'Ourem, de Faria, e de Neiva, 22º conde de Arraiolos. Tiveram quatro filhos e três filhas, abaixo.

Reinado
Foi a primeira rainha em Portugal a exercer o poder efetivo. Seu primeiro ato como rainha, iniciando um período que ficou conhecido como a Viradeira, foi a demissão e exílio da corte do Marquês de Pombal, a quem nunca perdoara a forma brutal como tratou a família Távora durante o Processo dos Távoras. Rainha amante da paz, dedicada a obras sociais, concedeu asilo a numerosos aristocratas franceses fugidos ao Terror da Revolução Francesa (1789). Era, no entanto dada à melancolia e fervor religioso e de natureza tão impressionável que quando ladrões entraram em uma igreja e espalharam hóstias pelo chão, decretou nove dias de luto, adiou os negócios públicos e acompanhou a pé, com uma vela, a procissão de penitência que percorreu Lisboa.
A 5 de janeiro de 1785 promulgou um alvará impondo pesadas restrições à atividade industrial no Brasil.

Regência do filho
Mentalmente instável, desde 10 de fevereiro de 1792 foi obrigada a aceitar que o filho tomasse conta dos assuntos de Estado. Obcecada com as penas eternas que o pai estaria sofrendo no inferno, por ter permitido a Pombal perseguir os jesuítas, o via como "um monte de carvão calcinado".
Para tratá-la veio de Londres o Dr. Willis, psiquiatra e médico real de Jorge III, enlouquecido em 1788, mas de nada adiantaram seus "remédios evacuantes".
Em 1799, sua instabilidade mental se agravou com os lutos pelo seu marido D. Pedro III (1786) e seu filho, o príncipe herdeiro José, Duque de Bragança, Príncipe da Beira, Príncipe do Brasil, morto aos 26 anos (1788), a marcha da Revolução Francesa, e execução do Rei Luís XVI de França na guilhotina e o filho e herdeiro João assumiu a regência: D. João VI de Portugal.

Transferência para o Brasil
A idéia de que a Família Real Portuguesa fugiu para o Brasil é derrubada pelo fato de, na época, o território brasileiro pertencer a Portugal. O que realmente ocorreu foi a transferência da sede da Corte para outra parte do Reino. Em 1801, o primeiro-ministro de Espanha, Manuel Godoy apoiado por Napoleão invadiu Portugal por breves meses e, no subsequente Tratado de Badajoz, Olivença passou para a coroa de Espanha. Portugal continuou a fazer frente à França e, ao recusar-se a cumprir o Bloqueio naval às Ilhas Britânicas, foi invadido pela coligação franco-espanhola liderada pelo Marechal Junot. A família real tranferiu-se para o Brasil a 13 de Novembro de 1807 e Junot foi nomeado governador de Portugal. A 1 de Agosto de 1808, o Duque de Wellington desembarcou em Portugal e iniciou-se a Guerra Peninsular. Entre 1809 e 1810, o exército luso-britânico lutou contra as forças invasoras de Napoleão, nomeadamente na batalha das Linhas de Torres. Quando Napoleão foi derrotado em 1815, Maria e a família real encontravam-se ainda no Brasil. Segundo consta, a rainha teve de embarcar à força. Muito religiosa, acreditava que estava indo para o próprio Inferno. Dos membros da realeza, porém, foi a que se manteve mais calma, chegando a declarar: Não corram tanto, vão pensar que estamos a fugir.

Reino Unido
Proclamada Rainha do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves em 16 de dezembro de 1815.

Descendência
• José, Duque de Bragança e príncipe do Brasil (1761-1788), casou com a tia, a infanta Maria Benedita de Bragança.
• João de Bragança, natimorto no Palácio de Nossa Senhora d'Ajuda, Lisboa, 20 de outubro de 1762.
• Dom João Francisco de Paula Domingos António Carlos Cipriano de Bragança nascido em Lisboa a 16 de setembro e morto em Lisboa a 10 de outubro de 1763.
• D. João Maria José Francisco Xavier de Paula Luis António Domingos Rafael de Bragança (futuro João VI)
• Mariana Vitória Josefa Francisca Xavier de Paula Antonieta Joana Domingas Gabriela de Bragança nascida no Palácio de Queluz a 15 de Dezembro de 1768, morta no Escorial em 2 de Novembro de 1788, tendo tido dois filhos e uma filha. Casou-se com Gabriel António Francisco Xavier João Nepomuceno José Serafim Pascoal Salvador de Bourbon e Saxe, Infante de Espanha, nascido em Portici a 12 de maio de 1752 e morto no Escorial a 23 de Novembro de 1788, quarto filho de Carlos III, rei da Espanha e de sua esposa Maria Amália de Saxe.
• Maria Clementina Francisca Xavier de Paula Ana Josefa Antónia Domingas Feliciana Joana Michaela Julia de Bragança, nascida em Queluz em 9 de junho de 1774 e morta em Lisboa em 27 de junho de 1776.
• Maria Isabel de Bragança nascida em Queluz 12 de dezembro de 1776 e morta em Lisboa em 14 de janeiro de 1777.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

O sentido do matrimônio

O café da manhã que mamãe preparava era maravilhoso! Embora fôssemos uma família humilde, minha mãe sempre preparava com muito carinho a primeira refeição do dia. Era ovo frito com farinha, outro dia era ovo escaldado, depois era bife com pão, lingüiça com ovo e pão... Tudo feito com simplicidade.

Ao acordar, naquela manhã, quando retornei da lua-de-mel, para ir ao trabalho, pensei que encontraria a mesa posta e o café da manhã preparado.

Como estava acostumado com a casa da mamã, pensei que acordaria com aquele gostoso cheirinho que vinha sempre da cozinha lá de casa. Olhei para o lado e vi minha esposa, SOL, dormindo profundamente. Feito um anjinho - de pedra! Raspei a garganta, fiz barulho tentando acordá-la. Nada!

Fui para o trabalho irritado, de barriga vazia. O local do trabalho ficava a uns cinco minutos do apartamento que alugáramos. Ao me sentar à mesa de trabalho sentindo o estômago roncar. Abri a Bíblia no seguinte trecho: “O que quereis que os homens vos façam, fazei-o também a eles” (Lc. 6:31). Disse pra mim mesmo: “O Senhor não precisa dizer mais nada”.

Lá pelas nove horas da manhã, hora em que se podia tirar alguns minutos para o café, dei um jeito de ir até o apartamento, não sem antes passar em uma padaria e comprar algumas guloseimas. Preparei o café da manhã e levei na cama para SOL. Ela acordou com aquele sorriso tão lindo!

Estamos para completar Bodas de Prata e, nesses quase vinte e cinco anos de casamento continuo repetindo esse gesto todos os dias. E com muito amor!

Estou longe de ser um bom marido, mas a cada dia me esforço ao máximo. Tenho muito a melhorar. Tenho de ser mais santo, mais paciente, mais carinhoso.

Sinto-me ainda longe disso, pois o modelo em que estou mirando é Jesus: “Maridos, amai a vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela” (Ef 5, 25). O matrimônio é um desafio, pois a todo o momento temos que perdoar e pedir perdão.

A cada dia temos que buscar forças em Jesus, pois, sem Ele nada podemos fazer (Jo 15,5). Quando Paulo se despedia dos cristãos em Éfeso, citou uma bela frase de Jesus que, aliás, não está nos Evangelhos: “É maior felicidade dar que receber” (At 20,35). Quando se descobre isso no matrimônio, se descobre o princípio da felicidade.

Por que muitos casamentos não têm ido adiante?

Porque o egoísmo tomou conta do casal. É o “cada um por si” que vigora. Estamos na sociedade do descartável: copo descartável, prato descartável, etc. Pessoas não são descartáveis, porém, o que não é descartável precisa ser cuidado para ser durável.

O mundo precisa do testemunho dos casais de que o matrimônio vale a pena! E, para que isso aconteça, é necessário um cuidado amoroso e carinhoso por parte do marido e da esposa. Ambos têm o dever de cuidar um do outro com renovados gestos de carinho e perdão, diariamente.

É preciso declarar, todos os dias o amor, em gestos e palavras. A primeira palavra que sempre digo para minha esposa ao iniciar o dia é: “Eu amo você”. Às vezes não é fácil dizer isso, pois de vez em quando acordo de mal comigo mesmo. Então, faço uma oração pedindo forças ao Espírito Santo e Ele me dá a força do amor para amar e viver bem naquele dia. Faça isso agora também. Declare seu amor!


Aos solteiros, quero dizer o seguinte: Se você estiver pensando em casar para ser feliz, não se case. Fique como está, solteiro mesmo. Mas, se sua intenção é casar-se para fazer alguém feliz, case-se, e você será a pessoa mais feliz do mundo.

O segredo da felicidade é fazer o outro feliz! Quem disse isso foi Aquele que mais entende de felicidade: “JESUS”.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Call of Duty 4




Pessoal! Vou agora revelar uma característica que, talvez, a maioria não conheça. Além de ser um amante da arte em geral (música, teatro, literatura, etc...), sou também um amante de jogos eletrônicos. Isso mesmo. Gosto de jogos para PC, vídeo games e tal. Quando vi o clipe do "Call of Duty 4" não resisti. Pensei: "Vou colocar isso no blog". Ainda não tenho o jogo, mas tive informações de que o mesmo é muito bom. Assim, "fuçando" na internet, encontrei o clipe do game. Estou postando para vocês verem. Parece que o jogo é muito bom mesmo. Para quem gosta de jogos do tipo e já tem, bom proveito. Quem gosta e ainda não tem, está perdendo tempo. Mas para quem não gosta só tenho a desejar... meus pesames! Você não é deste mundo. (Rsrsrs...) Tô brincando! Pessoal, sei que estou fugindo um pouco do propósito do blog, mas não resisti. Mais adiante postarei algum poema ou algo que fale de arte. Só não podia deixar de divulgar isso. Um abraço à todos.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Serenata

Permita que eu feche os meus olhos,
pois é muito longe e tão tarde!
Pensei que era apenas demora,
e cantando pus-me a esperar-te.

Permite que agora emudeça:
que me conforme em ser sozinha.
Há uma doce luz no silencio,
e a dor é de origem divina.

Permite que eu volte o meu rosto
para um céu maior que este mundo,
e aprenda a ser dócil no sonho
como as estrelas no seu rumo.

(Cecília Meireles)

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Timidez

Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve...

— mas só esse eu não farei.

Uma palavra caída
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes...

— palavra que não direi.

Para que tu me adivinhes,
entre os ventos taciturnos,
apago meus pensamentos,
ponho vestidos noturnos,

— que amargamente inventei.

E, enquanto não me descobres,
os mundos vão navegando
nos ares certos do tempo,
até não se sabe quando...

— e um dia me acabarei.

(Cecília Meireles)

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