SEJA MUITO BEM VINDO!

Bem pessoal,

Dei início à este blog para falar especialmente de literatura. Falar, na verdade, de arte em geral. Coisas que tanto gosto e com as quais tanto me identifico. O blog não é tão movimentado, mas de vez em quando passo por aqui e deixo uma declaração, um texto, um poema... Não se acanhe. Fique à vontade e deixe um comentário. Cedo ou tarde ele será respondido.

Grande abraço a todos.

Colaboradores

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

A farsa do espírito natalino.

É incrível como as pessoas se submetem a uma farsa tão grande como a desse tal espírito natalino. Desculpem-me os religiosos de plantão, mas tudo isso não passa de uma máscara, um engodo tremendo. Onde se encontra o espírito natalino durante o restante do ano? Pessoas se matam, traem, brigam, difamam, apunhalam pelas costas, falam mal uns dos outros e, quando chegamos ao mês de dezembro, começa toda essa baboseira toda novamente. Que espírito natalino é esse? Para que serve o natal? Para mim não passa de uma festa comercial. Quanta palhaçada. Sem contar as chamadas sentimentais com relação aos necessitados. Será que só no natal temos necessitados pelo mundo? Pessoas morrem de frio, de fome, de sede ou encontram-se desabrigadas apenas no natal? Crianças só precisam de brinquedos no natal? Dizem que se comemora o nascimento do Filho de Deus. Cultuam um menino, choram, dizem coisas bonitas e depois, passado o sentimentalismo, o que acontece? Nada. Todos voltam à suas vidas normais, fúteis e distantes uns dos outros. Engraçado que na bíblia não se encontra nenhuma referência sobre o dia e o mês do nascimento de Jesus. Nem que deveríamos adorar um “deus menino”. Mas fazer o que? Talvez esse “deus menino” apenas se manifeste no natal mesmo. Talvez ele só derrame amor sobre as pessoas quando se aproxima a época de comemoração de seu “nascimento”. Todos comemoram, enchem a cara de muita bebida, ficam ridiculamente bêbados, comem até não agüentarem mais e, no dia seguinte, matam novamente o “deus menino”, porque ninguém se lembra mais nem o motivo de tanta bebedeira. Digo isso, não generalizando, porque 95% da população brasileira não tem absolutamente nada a comemorar. O que um pai de família desempregado tem para comemorar? O que um aposentado que ganha míseros R$415,00 por mês tem para comemorar? O que dependentes do SUS – Sistema Único de Saúde têm para comemorar? O que as vítimas de Santa Catarina têm para comemorar? Ainda mais quando aqueles que se dispõem à ajudar são ladrões. Roubam doações enviadas de todas as partes do Brasil para vítimas das enchentes, quando, na verdade, deveriam doar. Já dizia Thomas Hobbes: “O homem é o lobo do homem”. É por isso que eu digo: O espírito natalino não passa de uma tremenda farsa.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Já passou.

É isso aí. O vestibular passou. Que pena! Não foi desta vez. Mas não tem nada não. O estresse também já passou. Pelo menos pra mim. Ano que vem tô lá de novo. Não vou desistir assim, tão fácil. Tenho um sonho. Sonho é vida e quem não sonha já morreu. Para quem desistiu, pensa em desistir ou pensava que eu iria desistir, vai um recado logo abaixo. Gostei muito de uma música dos Engenheiros do Hawaii que se chama "Até o fim". Logo abaixo postei a letra e o clipe da música. Na verdade a versão acústica é bem melhor, mas achei o clipe legalzinho. Meu recado é este:

"Até o Fim
Engenheiros do Hawai

Não vim até aqui
Pra desistir agora
Entendo você
Se você quiser ir embora
Não vai ser a primeira vez
Nas últimas 24 horas
Mas eu não vim até aqui
Pra desistir agora

Minhas raízes estão no ar
Minha casa é qualquer lugar
Se depender de mim
Eu vou até o fim
Voando sem instrumentos
Ao sabor do vento
Se depender de mim
Eu vou até o fim

Eu não vim até aqui
Pra desistir agora
Entendo você
Se você quiser
Ir embora
Não vai ser a primeira vez
Em menos de 24 horas

A ilha não se curva
Noite adentro
Vida afora
Toda a vida
O dia inteiro
Não seria exagero
Se depender de mim
Eu vou até o fim

Cada célula
Todo fio de cabelo
Falando assim
Parece exagero
Mas se depender de mim
Eu vou até fim

Não vim até aqui pra desistir agora
Não vim até aqui pra desistir agora"

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Não te amo mais?

Não te amo mais.

Estarei mentindo dizendo que

Ainda te quero como sempre quis.

Tenho certeza que

Nada foi em vão.

Sinto dentro de mim que

Você não significa nada.

Não poderia dizer jamais que

Alimento um grande amor.

Sinto cada vez mais que

Já te esqueci!

E jamais usarei a frase

EU TE AMO!

Sinto, mas tenho que dizer a verdade

É tarde demais...



*Leia do fim para o começo*

(Texto de Clarice Lispector)

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las. (Voltaire)

Esta é a frase. Concordo com ela em "gênero, número e grau". É isso o que falta em nosso país e no mundo todo: Respeito. Se houvesse respeito para com quem quer que fosse sobre o assunto que fosse, não haveria tanta palhaçada social como existe hoje. Quantas pessoas não seriam salvas se houvesse respeito? Quanta antipatia não seria evitada? Quantas guerras não teriam acontecido? Não estou aqui defendendo atrocidades e idéias estapafúrdias de pessoas que querem levar grupos inteiros, verdadeiras multidões ao suicídio e/ou ao genocídio. Idéias como essas são perniciosas e não devem de maneira nenhuma ser aceitas. Isso já é uma forma de desrespeito para como o próximo. A intenção de matar já é um desrespeito. Outro dia li um texto e parei pra refletir. Será que somos totalmente bons? Será que o bem sempre vence o mau com o bem? Será que numa guerra os aliados ditos do bem, quando tiram a vida de alguém não podem também ser considerados maus? Vendo o mundo por essa ótica, quem é bom e quem é mau? Interromper o direito de um ser humano de se manter em vida não é um desrespeito? O episódio do World Trade Center foi tão desrespeitoso quanto o episódio da invasão dos Estados Unidos ao Iraque. O mundo protestou, multidões foram às ruas, mas nada foi resolvido. Contudo quem poderia controlar tudo isso? Homens que se acham poderosos decretam guerra contra outros países, mas não pensam na quantidade de pessoas inocentes que perderão a vida por causa de seus caprichos, inclusive os próprios soldados que irão à guerra, muitas vezes pais de família que nem saber se vão voltar. Que tristeza! É difícil manter uma linha de pensamento em apenas um foco se analisarmos o fato de que ninguém é totalmente bom. Como é que eu posso fazer uma afirmação dessas? Impossível. Mesmo porque, se eu a fizer vão me “crucificar” por isso. Cabe a cada um manter-se em seu lugar. É como minha mãe falava comigo quando era pequeno: “Respeito é bom e conserva os dentes”. Discussões sempre existirão, mas o ideal é respeitar ao próximo concorde você ou não com suas opiniões.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Sistema de cotas. Qual a relevância desse assunto?


Uma das definições que o Dicionário Aurélio dá à palavra preconceito é: Suspeita, intolerância, ódio irracional ou aversão a outras raças, credos, religiões, etc. Diante dessa definição gostaria de introduzir minhas idéias e dúvidas a respeito do tão falado sistema de cotas para negros, índios e outros nas universidades públicas.

Com toda a sinceridade não consigo entender o motivo da criação dessas cotas. Tenho lido em alguns artigos que a maioria dos universitários é “branca” (não gosto de utilizar esses termos, mas o faço apenas para me fazer entender melhor) e que apenas uma pequena parte é “negra”. Com todo o respeito a todos os leitores do meu blog, e daí? Por favor não me entendam mal. Quando digo “e daí?” não estou com isso discriminando nenhuma etnia. Apenas acredito que, no momento da inscrição para o vestibular não há nenhum campo que exija foto colorida ou coisa parecida. Posso até estar enganado, mas até onde sei antigamente não se exigia definição de cor quando se fazia inscrição para o vestibular e se hoje o fazem é, justamente, para a opção pelo tal sistema de cotas, como se pode dizer que tem havido preconceito para com os “negros”, “índios” ou seja lá com quem for?


Acredito que, (corrijam-me, por favor, se eu estiver errado) a igualdade já seria suficiente. Mais uma vez gostaria de frisar: Sou descendente de uma mistura bem bacana. Minha bisavó, que morreu aos 101 anos, era índia e minha avó, é negra. Gosto de como eu sou, mas, minha esposa é testemunha de que gostaria muito de ter nascido negro. (Rsrsrs...) Sei lá porque, mas acho bonito. Isso é mais uma prova de que não sou racista nem preconceituoso. Gosto do que sou e gostaria também de ser um pouquinho mais “black”; qual o problema? Mas será que esse tal sistema de cotas não pode gerar um descontentamento nesse grupo que “se mata” por uma vaga numa universidade? Já que no Brasil todo mundo se ofende por qualquer coisa; é um “danos morais pra cá”, “um racismo pra lá”; será que alguém não se sentiria ofendido por não poder ingressar na universidade se fazendo valer do sistema de cotas? Quer dizer, eu poderia me intitular negro ou índio, afinal sou de descendência de ambas as etnias.

Não seria melhor, assim como é feito nas universidades particulares para concessão de bolsas, uma análise sócio-econômica de seus candidatos para concessão das vagas na universidade pública? Ou seja, qualquer um poderia ingressar, mas a prioridade seria dada àqueles que realmente não podem pagar e para aqueles que tivessem a melhor nota, sem exclusão. Aí o problema passa a ser o critério de avaliação. Mas deixa isso para outro post. Sei que o que vale é o esforço de cada um, mas existem pessoas que têm condições de se dedicar em período integral aos estudos sem ter que se preocupar com o que ele e sua família vai comer no dia seguinte, enquanto existem outros que trabalham dez, doze horas por dia, saem do trabalho direto para o cursinho (quando fazem cursinho), estudam até lá pelas onze da noite, esperam o ônibus um tempão no ponto, chegam em casa lá pela meia-noite e, muitas vezes, matam a fome com um pão e um cafezinho, dormem à uma da manhã para acordar às cinco e pegar um ônibus que mal cabe quem já está lá dentro. A universidade pública é para todos os cidadãos brasileiros, independente de etnia, credo, condição financeira e/ou social, mas, na minha opinião, esse sistema de cotas é mais uma falta do que fazer dos senhores que a instituíram. A análise no perfil de cada aluno deveria determinar a prioridade do acesso às instituições públicas.

Enfim, tudo no Brasil é muito complicado. É um tal de “bolsa sei lá o que”, “vale não sei o que lá” e agora o tal sistema de cotas. Peço aos caros amigos leitores que me ajudem a esclarecer essa dúvida sobre a relevância do sistema. Postem suas opiniões e experiências, por favor.

Em princípio, para começarmos a movimentar o blog, que tipo de conteúdo você mais gostaria de ver por aqui?

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